quinta-feira, 7 de agosto de 2008

E eu era uma criança idiota

Background: Eu sempre fui uma criança muito ativa. Eu até arrisco dizer q eu era hiperativa. Brincava muito na rua de pique qq coisa, subia em árvore, andava de bicicleta. Corria o dia inteiro descalça e chegava em casa com o pé preto. Ainda fazia balé/jazz (um tempo balé, outro jazz), natação, pintura, aulas de flauta. E quando não tinha nenhum coleguinha pra brincar comigo eu lia todo e qualquer livro que eu achava em casa. De Sítio do Pica-pau amarelo a livros obrigatórios da escola da minha irmã mais velha à folhear a enciclopédia e olhar as figuras. E em geral eu lia vendo televisão e qdo alguém vinha me chamar eu largava tudo do jeito q estava e ia correr na rua.

Tem alguns episódios divertidos da minha infância. Um eu não lembro direito pq eu tinha uns 4 ou 5 anos. Eu adorava andar de bicicleta e andava muito com a minha irmã mais velha. Um dia nós saímos andando e fomos indo, indo, até sei lá aonde onde tinha um morro. Segundo a minha mãe, isso era muito longe. O detalhe é que estava pra cair um temporal e a gente continuava indo... Quando a gente chegou em casa a minha mãe já estava louca e o temporal estava bizarro... hehehe

Até aí tudo bem. Mas lá pros 5-6 anos eu continuava aprontando na rua. Sempre descalça. Eu saía de casa de chinelo e tirava na mesma hora. Afinal de contas, correr com chinelo é muito ruim. Muito melhor correr descalça. Até que um belo dia, logo depois do carnaval, em um campo de futebol perto da minha casa eu pisei em um caco de vidro imenso. Resultado: pessoas desesperadas, um tanque cheio de água com sangue, 4 pontos e várias semanas sem poder ir à praia com o pé enfaixado. Na verdade eu ia e ficava na areia olhando com inveja todo mundo tomar banho de mar...

E depois? Com 7 anos, logo depois de receber meus lindos dentes permanentes (os dois do meio em cima) eu querendo aprender a andar sem as mãos na bicicleta eu tentei na única rua asfaltada próxima à minha casa: uma ladeirinha que dava em uma rua de paralelepípedo. E ainda por cima, ao invés de ficar com as mãos sobre o guidom sem segurar, eu coloquei as mãos pra baixo, do lado do corpo e obviamente não consegui levantar qdo a bicicleta perdeu o controle. Resultado: dois dentes quebrados (muito quebrados), choradeira minha e da minha mãe, dois canais e tratamento para clarear que ainda não funcionou totalmente. Espero que esse ano ainda eu consiga colocar facetas de porcelana e parecer uma pessoa normal :P

Ainda tem história: quebrei o pé 3 vezes. Duas vezes o esquerdo no mesmo lugar e uma o direito. O esquerdo eu acho que quebrei a primeira vez subindo a escada (acho q tropecei e bati com o pé na escada). O médico falou pra eu ficar 7 dias com o gesso. Tirei no segundo dia embaixo da torneira. Depois eu quebrei no mesmo lugar de novo, mas mais grave andando de bicicleta: o pedal bateu na parte de cima do meu pé. Dessa vez eram 3 semanas de gesso. A minha mãe estava viajando e uma tia estava cuidando da gente. Ela disse q se eu tirasse o gesso antes do tempo eu tomava uma surra. Resultado: tirei o gesso em 3 semanas, mas eu não deixava de fazer nada por causa dele não, andava de bicicleta, corria. Era bem divertido :P
E o pé direito? Fui passar férias na casa do meu avô e o meu primo tinha um skate. Louca por coisas radicais como eu era, quis andar de skate - descalça. Resultado: o pé escorregou do skate e o calcanhar bateu no chão. Quebrou e eu não conseguia nem andar. Várias semanas de gesso.

Espero que isso não seja hereditário... hehehe